sábado, 29 de dezembro de 2018

Conceitos Importantes

A primeira coisa que se aprende quando se estuda música é que existem 7 notas musicais: DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI. O que nem todo mundo sabe é que existem 5 variações dessas notas, o totaliza 12 tonalidades de nota.

A menor distância entre duas notas é chamada de semitom.

Quando elevamos uma nota um semitom, acidentamos a nota com sustenido(#).

Quando abaixamos uma nota um semitom, acidentamos a nota com bemol(b).

A distância de dois semitons formam um tom.

Entre Dó e Ré temos um tom de distância.

Partindo de Dó, se elevarmos a nota um semitom, teremos que nota? Resposta: Dó sustenido.

Partindo de RÉ, se abaixamos a nota um semitom, teremos um Ré Bemol

Levando em consideração que existe uma nota entre Dó e Ré, podemos chamar esta nota de Dó sustenido ou de Ré bemol.

Entre Mi e Fá e Si e o outro Dó existe uma distância de semitom.

As notas podem ser representadas pelas letras C(Dó) D (Ré) E(Mi) F(Fá) G(Sol) A(Lá) B(Sí).

Resumindo as 12 tonalildades(7 naturais + 5 acidentadas) , teremos:

C | C#Db | D | D#Eb | E | F | F#Gb | G | G#Ab | A | A#Bb | B |

Notas no braço do instrumento:


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Acordes

Como disse no primeiro post, no início do aprendizado, decorei uma série de cifras( C7M, A7, Dm7...) e de forma empírica e comecei a me perguntar: Por que o nome dessa cifra é Dó com 7 maior? Imaginei, deve ter um porquê! Enfim, ao buscar mais informação sobre o assunto, descobri que os acordes eram montados a partir da sobreposição das notas das escalas cuja distância das mesmas era de terça(maiores e menores sucessivamente. Exemplo:

Escala de Dó Maior: C D E F G A B C.
Se partirmos de Dó, pararmos uma 3ª maior acima, chegamos a E.
Partindo de Mí e caminhando uma 3 ª menor acima chegamos a G.
Saindo de SOL e seguindo em frente uma 3ª maior chegaremos a B.

Como resultado temos um acorde contendo as notas C E G B.

Tomando como referência a primeira nota do acorde termos os intervalos 1,3,5,7.

A primeira nota é o que determina o nome do acorde(chamamos essa nota de tônica). No caso, Dó.

A terça é o que esteriotipa o acorde como sendo maior ou menor. No caso como a terça é maior, o acorde será de Dó maior.

Como a 7 é Maior, podemos chamar o acorde de Dó maior com 7 maior. Uma cifra para este acorde pode ser C7M ou ainda C7+ ou ainda Cmaj7, etc.

Se fizermos esse processo a partir da segunda nota da escala encontraremos outro acorde. D F A C. Verifique que agora a distâncias entre as notas se inverte. de D para F, temos uma 3ª menor e F pra A, uma terça maior. Supondo-se então teremos um intervalo de 3ª maior de A para C.

O acorde montado é Ré menor com sétima menor (Dm7 ou Dmin7)

Se partirmos do 5 nota da escala e realizarmos o mesmo procedimento, verificaremos outro tipo de acorde. G B D F. Desta vez, a 7ª ficará menor. Assim, o acorde será Sol maior com 7 menor que também é chamado de G dominante. Este acorde é representado pela cifra G7.

Partindo da 7ª nota(ou 7º grau) da escala, surge uma outra categoria de acorde (B D F A). Neste caso, além da 7ª menor o acorde terá uma 5ª bemol(diminuta). Então teremos um acorde de Si menor com quinta diminuta e sétima menor. Por convenção, este acorde é conhecido também como Si meio diminuto.

Fazendo esse processo com todas as notas da escala de Dó Maior teremos:

CDEFGAB
EFGABCD
GABCDEF
BCDEFGA
C7MDm7Em7F7MG7Am7Bm7b5

Verifique que a escala maior origina 3 tipos de acordes(maior com 7 maior, menor com 7 menor, maior com 7 menor(também conhecido como acorde dominante) e menor com 7 menor e quinta diminuta(conhecido como acorde meio diminuto).

Se fizermos este mesmo processo com outras escalas, veremos outros tipos de acorde. Resumindo o processo, teremos:

Escala menor harmônica:

Im7M IIm7b5 III7M#5 IVm7 V7 VI7M VIIdim (repare que surgem aqui mais dois tipos de acorde: Aumentado com 7 maior e o acorde Diminuto).

Escala menor melódica:

Im7M IIm7b5 III7M#5 IV7 V7 VIm7b5 VIIm7b5

Para escalas simétricas, o resultado é que os acordes são de mesma categoria.

A escala diminuta, gera acordes diminutos.
A escala de tons inteiros gera acordes aumentados.
Não se harmoniza escalas pentatônicas, pois não formamos acordes perfeitos.

Além dos acordes mencionados temos um acorde conhecido como Suspenso(Cifra Sus) constituido pelos 1457 - C F G B

Resumindo temos as seguintes categorias de acorde:

Maior
Menor
Dominante
Diminuto
Meio Diminuto
Aumentado
Suspenso




Até o próximo post!


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Inciando com as escalas

Sabe aquela velha sequência de notas que aprendemos quando criança? DÓ RE MI FA SOL LA SI?

Essa sequência de notas gera o que chamamos de escala Maior(Maior porque possui a 3ª maior). 

Vamos representar essas notas por números  1(Dó) 2 (Ré) 3(mi) 4(Fá) 5(Sol) 6(Lá) 7(Si) 8(Dó).

Logo, podemos supor que se alteramos a 3ª maior para 3ª menor, obteremos uma escala menor.

Dó(1) RE(2) MI Bemol (b3) FÁ(4) SOL(5) LÁ(6) SI(7) DÓ(8). Chamamos essa escala de menor melódica( Uma escala MAIOR com TERÇA MENOR para ajudar a memorizar).

Levando-se consideração a distância entre as notas que compõe a escala maior temos o seguinte padrão: De Dó para Ré (1tom). De ré para mi(1 tom). De mi para fá(1/2 tom). De fá para sol(1 tom). De sol para a lá(1 tom). De lá para si(1 tom) de si para o dó(1/2 tom). Padrão (T,T,S/T,T,T,T,S/T).

Partindo da 6ª nota da escala maior(LÁ SI DO RE MI FÁ SOL LÁ) obtemos outro padrão (T,S/T,T,T,S/T,T,T). Utilizando este padrão partindo de dó teremos: 1(Dó), 2(Ré), b3(Mi bemol),4(fá),5(sol),b6(lá),b7(si bemol). Esta escala é chamada de menor natural.

Outro padrão conhecido, pode ser obtido alterando-se  a 7ª menor da escala menor natural,  para 7ª maior. Essa escala é chamada de menor harmônica.

Resumindo, temos até agora 4 padrões. São eles:

Maior                     1,2,3,  4,5,6,7
Menor Melódica    1,2,b3,4,5,6,7
Menor Natural       1,2,b3,4,5,b6,b7
Menor Harmônica 1,2,b3,4,5,b6,7

Existem padrões simétricos também. Que tal experimentarmos um padrão onde a distância entre as notas são iguais. Por exemplo T,T,T,T,T,T,T (Dó, Ré, Mi,Fá#,Sol#,Lá#,Dó). Esse padrão de escala é conhecido como hexafônico ou ainda como de Tons Inteiros.

Outros padrões simétricos conhecidos,são os que repete tom/semitom ou semitom/tom, chamados respectivamente de diminuta e dominante diminuta(T,S/T,T,S/T,T,S/T,T).

Existem padrões com apenas cinco notas, conhecidos por conta disso, como  escala pentatônica (onde são suprimidos os 4º e 7º graus da escala maior - Penta Maior e 2º e 6º graus da escala menor natural - Penta menor). Conseguimos uma variação dos padrões penta com o acréscimo do que chamam blue note (na penta maior incluímos b3, na penta menor #4).

E não para por aí! Seguindo o mesmo raciocínio utilizado para encontrar a escala menor natural, podemos partir de cada grau das escalas maior, menor natural, melódica e harmônica encontrando novos padrões de escala que são conhecidos como modos gregos. Pegando a escala de Dó Maior como exemplo, chegamos aos padrões abaixo:

C(1), D (2), E(3), F(4), G (5), A(6), B(7)  Conhecido como modo Jônio (escala maior).
D (1), E(2), F(b3), G (4), A(5), B(6),C(b7) Conhecido como modo Dórico.
E(1), F(b2), G (b3), A(4), B(5),C(b6) ,D(b7) Conhecido como modo Frígio.
F(1), G (2), A(3), B(#4),C(5) ,D(6), E(7), Conhecido com modo lídio.
G (1), A(2), B(3),C(4) ,D(5), E(6),F(b7) Conhecido como modo mixolídio.
A(1), B(2),C(b3) ,D(4), E(5),F(b6), G(b7) Conhecido como modo eólio (escala menor natural).
B(1),C(b2) ,D(3), E(4),F(b5), G(b6), A(b7) Conhecido como modo lócrio.

Utilizando essa mesma lógica para as demais escalas, encontramos variações dos modos.

Resumindo(23 padrões ou escalas):
Escala maior (mais 5 modos)
Escala menor harmônica(6 modos)
Escala menor melódica(6 modos)
Escala menor natural
Penta maior
Penta menor
Diminuta
Dominante Diminuta
Tons inteiros


Menor melódica (Jônio b3,Dórico b9, lídio #5, lídio b7, mixolídio b6, lócrio 9,superlócrio ou alterada)
Menor harmônica(Eólio 7,lócrio 6, Jônico #5,dórico #4, mixolídio b9/b13,lídio #9, alterada 6).

Se considerarmos fazer escalas com mais de uma oitava essa quantidade aumenta.


O Nelson Faria tem um vídeo interessante sobre o assunto.

A partir do próximo post, vamos ver quais acordes podem ser formados por estas escalas.

Até a próxima.










quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Proposta de estudo

Aos 13 anos,como muita gente, comecei a estudar música através dos Vigus (aquelas revistinhas com músicas cifradas que vendia nas bancas de revista) e a aprender a tocar violão de forma empírica.

O estudo consistia em decorar as cifras, aprender umas batidas e executar as acordes que apareciam em cima das palavras que constavam nas letras das músicas. Com o passar do tempo, já tinha um bom repertório de baixo dos dedos, dedilhava alguns acordes, executava alguns solos simples e achava que aquilo era suficiente. 

Daí comecei a me questionar qual a origem das melodias e dos acordes que constituíam aquelas músicas presentes no repertório que eu havia aprendido. A partir deste momento, constatei que não parava por ali o estudo sobre assunto, iniciando uma pesquisa mais formal sobre música, verificando que havia um caminho longo a ser percorrido. 

Verifiquei então que além da "letra", uma música é composta de melodia(canto), harmonia(acordes) e ritmo(tempo em que as notas são tocadas). Notas? Sim! Lembra do DÓ(C) RE(D) MI(E) FA(F) SOL (G)LÁ(A) SI(B)? as melodias e os acordes são compostas por essas 7 notas e por mais 5 variações dessas notas o que totaliza 12 tonalidades de som. Doze "notinhas" com as quais se faz uma grande variedade infinita de músicas e a partir daquele momento, não parei mais de estudar e pesquisar sobre o assunto.

Os próximos posts, são um resumo,(uma revisão) das conclusões que cheguei ao longo dos anos.

Aqui vamos nós!

Conceitos Importantes

A primeira coisa que se aprende quando se estuda música é que existem 7 notas musicais: DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI. O que nem todo mundo sabe é q...